quinta-feira, 29 de novembro de 2007

Praia é lugar de tarado ?



Adoro praia. Sou uma pessoa, como diria o Millor, que gosta de ficar entre a calçada e o oceano atlântico. Em certos momentos caminho, nos outro aproveito o sol.

Coisa séria hoje em dia uma mulher pegar sol sozinha. Na sacada do apê não dá para se esconder. Tem olhos nas vizinhas construções. Pedreiros nos edifícios, já tentei ficar invisível, mas não deu certo.


Tem três prédios sendo erguidos, fora o telhado sendo limpo e janelas arrumadas. Como detesto ter a sensação que alguém esteja me espiando, mudei a estratégia, até os prédios ficarem prontos.

Tive que ir para a areia do mar. Sozinha, sempre sozinha, sou uma prato cheio para comentários, homens, cachorros e olhares.

Criei uma estratégia, é como se fosse para a guerra.

Até chegar na praia, uma quadra, três prédios com homens amarrados em cordas, vou de canga e chinelo, mesmo assim, escuto canções do tipo: " o que faço para esta mulher gostar de mim...", "fui no risca faca que te conheci...". Eu mereço.

Ao chegar na areia, a primeira saída é procurar alguém de preferência uma mulher, é para criar inconscientemente uma ajuda mútua.

Depois observar se tem um homem sozinho, caso contrário mudo o trajeto.

Procurar ficar mais próxima do mar, é para molhar os pés de vez em quando e inibir as pessoas a passarem perto de mim. Gosto da companhia dos siris, quero paz !!

Sento é ai eu tiro as minhas vestimentas.

Livro, boné e óculos escuros e cadeira, estou armada.

Ai começa a diversão !! Homens que estão caminhando sozinho, faz uma volta, manobras para passar em frente a minha pessoinha.

Se tiver com o cachorro (mesmo sendo proibido na praia) é pior ainda, faz de tudo para o animal passar perto, ou joga o galho para ir buscar.

Carros de picolés, eu odeio !! Eles param longe numa visão, digamos privilegiada e ficam olhando !!!

O pior são aqueles que ficam parados olhando e mexendo naquilo, que só gosto do meu n. ( de preferência limpo).

O mais engraçado são aqueles que disfarçam, com os jornais ou óculos.

A posição para bronzear as costas são as que mais incomodam as mulheres, pois os homens se deliciam.

Passa velho, gordo barrigudo, peludo e baixinhos. Ah !! esses são os piores.


Os lindos com pranchas, corpo atraente nem passam. Acho que ficam dormindo sei lá !! Um homem lendo um livro é raro !!

Mulher sofre para deixar o corpo bronzeado !!!



P.S. Meu biquíni é super comportado e eu nem tenho silicone !!

sábado, 24 de novembro de 2007

Como acordei hoje ?


Um anjinho !! quer dizer dois anjinhos !!!


Dia feliz....

sexta-feira, 23 de novembro de 2007

Quando a morte vende, e muito



Na sala de aula da faculdade de jornalismo éramos divididos em dois grupos: os bons na redação e os ruins na ética, outros, bons na ética mais eram ruins no texto. Tinham aqueles que se destacavam nas duas disciplinas, mas eram raros. As aulas de ética eram as mais debatidas, mas a único fato que toda a sala era unânime: o suicídio. Publicar ou não a matéria ? Eis a questão. Todos concordavam em não, devido o incentivo a outras mortes, preocupação com os familiares do morto.

A cobertura sensacionalista de um suicídio deve ser assiduamente evitada. No mínimo dizer que foi encontrado morto e segue as investigações.

Em apenas dois dias, três casos na mídia: um jogador de basquete americano, um rapaz que invadiu uma farmácia e acabou tirando a vida da ex-noiva, e na região, um senhor que foi encontrado morto.

Os dois primeiros casos até que foram noticiados com cautela, porém, o terceiro na mídia regional virou manchete, colocando várias vezes a palavra suicídio e dizendo com detalhes como foi a morte. "Nada de descrições do caso, nem colocar a culpa em algo", dizia o professor.

O problema é que muitos esquecem dos ensinamentos e aqueles que eram bons em redação e péssimo em ética viram repórteres. Mas por que fazer ? Acabam descrevendo matérias por telefone, espaço grande para a matéria ? Algo que você poderia colocar uma matéria menor, com uma simples ronda policial.

Lembro da cena de um homem na torre de uma antena celular, altura de oito andares, querendo tirar a própria vida. Fazendo a cobertura do caso, eu já sabia que caso o homem pulasse eu não teria matéria.

Fiquei nove horas olhando pra cima. Veio família, filhos, moradores e inúmeros outros. Fiz uma reportagem narrativa e nada mais. Ele não pulou e acabou não voltando para mulher, que era o motivo do desespero.

Neste mês, um a imagem intitulada 'Limite do Desespero', captada por Hermes Bezerra, repórter-fotográfico do Diário Catarinense, foi a vencedora do I Troféu Olivío Lamas de Fotojornalismo. O concurso foi promovido pelo Sindicato dos Jornalistas, Associação Catarinense de Imprensa e apoio da Federação Nacional dos Jornalistas, com patrocínio da Eletrosul. A entrega foi da premiação foi realizada na Assembléia Legislativa. O homem da foto morreu. Ele estava internado num hospital em Buenos Aires.

A morte vende a notícia com foto e vai para a capa. Será que as pessoas sentem prazer em ler as notícias de morte ? Chegam a pensar que maravilha estou vivo ?

A família e a culpa, a dor da família ?

Com certeza vamos ler muitas matérias sobre suicídio !

Mas porque não fazer uma matéria sobre o que levam as pessoas a tirar a vida ! Telefones de órgãos que ajudam !
Viva as vendas !!!

sexta-feira, 2 de novembro de 2007

Jornalismo com bom humor


Achei super interessante, além de ser fascinante !!! Alguém se habilita em criar uma liga de super-heróis por aqui !!!


Um grupo de ativistas inusitado, em plena época de fantasia, na cidade mais americana do país do Halloween, Nova York. Um misto de matéria divertida (porque causa estranheza), mas com uma temática no fim das contas bem séria:



“Vestido para o Halloween? Não, para limpar a Times Square” é o título da reportagem que fala sobre ativistas americanos que se conheceram através do MySpace e fundaram o “Superheroes Anonymous” (Super-heróis anônimos).


Eles se autodenominam os super-heróis da vida real e saem pelas ruas (principalmente de Nova York) praticando boas ações.
Os integrantes, literalmente, se vestem como heróis (e parecem estar prontos para o Halloween, embora não chamem o que vestem de fantasia, mas de uniforme):
Vestem capas, misturam roupas extravagantes, além de usarem máscara para preservar suas identidades (também não revelam os nomes reais, eles têm apelidos como Street Hero, Red Justioce, Cleanser, Direction Man). [na foto acima estão, da esq. para a dir., The Super, Street Hero e Cleanser].


O que fazem: cada um tem sua forma de ajudar o próximo.
Uma das “heroínas” é ex-prostituta e anda pelas ruas ajudando da forma que pode prostitutas. Um deles (o Direction Man) guarda mapas no seu colete laranja para ajudar turistas e moradores perdidos. A “Cleanser” cata papéis pelas ruas, vestida a caráter. O “Red Justice” canta em metrôs para encorajar jovens a cederem seus assentos para os mais necessitados.

O líder do grupo é cineasta amador, estuda em Columbia e está produzindo um documentário com os “super-heróis”. Ele disse que luta contra o pior dos crimes: a apatia.

Já outro deles, o The Super, disse que resolveu mudar de atitude quando quase perdeu um amigo que caiu de um andaime: “Eu falei para mim mesmo: se eu tiver que esperar pelo prefeito da cidade para consertar tudo o que há de errado e perigoso na cidade, isso nunca vai acabar”.
O The Super falou que é muito zombado, além de já ter sido alvo de ovos, pedras e até mesmo de um pedaço de carne congelada.


E termina a matéria dizendo: “Não tenho muitos amigos. Muitos super-heróis estão tropeçando pelo caminho. E parte disto faz você definitivamente se sentir isolado, porque ninguém te compreende".

quinta-feira, 1 de novembro de 2007

Não dá para esconder muita coisa, por muito tempo

Moro em Anita Beach há alguns meses. Estou fascinada pela cidade, onde todos sabem um pouco, ou quase tudo, da vida dos outros. Lugar pequeno, tranquilo, falar da vida alheia e espiar quem passa na rua é muito atrativo.

Caso a pessoa queira que ninguém reconheça sua história, apenas se entocando, fugindo do meio social e não tendo caras de bons amigos.

Todos gostam de saber das atividades dos outros. Lá vai as últimas, que fiquei sabendo apenas sentada no meu local de trabalho, as fofocas voam, livres para os ouvidos de quem bem quiser ouvir.

Ex-mulher de um conhecido advogado, foi visto dançando no palco de uma boate local. Estão separados alguns meses. As más linguas, já a apelidaram de "catheguria". Dele ninguém fala é o santo do p. duro.

Casamento chique teve arranca-rabo entre mulheres de oficiais da segurança pública. Os maridos "soldados" tiveram que apartar a sessão de arranca cabelos e unhadas esvoaçantes.

Candidato a um cargo político dá uma porrada num parente, depois de beber todas. Detalhe: Mulher dele estava em casa com um bebê na barriga.

Madame perde o emprego e vira onça.

Esse foi apenas um dia de trabalho.....