quinta-feira, 20 de dezembro de 2007

Poder que vicia

Eu adoro observar as pessoas e as classificar. Também ficar de olho em suas ações e ideologia. Prestar atenção no que acredita e aquilo que na pratica realiza.
Infelizmente, grande parte não consegue o elo de ligação com este último item.

Classificação: falso ético, esforçados e raivosos

Falso ético: típico aquele que preserva a natureza, mas tem casa numa reserva ambiental. Participa de campanhas anti-drogas, mas fuma o seu baseadinho no banheiro de casa e com muito incenso. Ah !! Tem aqueles que criticam os outros por priorizar seus interesses, mas fazem o mesmo.

Esforçados: passam boa parte do tempo tentando ser pessoas melhores, principalmente, devido uma epifânia, mas muitas vezes, por influência de terceiros, acabam virando um pequeno ser insignificante.

Raivosos: esses são os mais hilários. Vivem criticando as ações dos outros, mas não observam seus rabinhos. Sempre tem uma idéia revolucionária para qualquer assunto. Não se dizem donos da verdade, mais parente do dono. São tão irritados que acabam encerrando o dia de trabalho mais cedo para tomar a cerveja na esquina. São chamados os críticos de quadro paredes. O negócio é sentir raiva do mundo, porém não luta por nada, o esquema é criticar.

Tem uns que eu os amo. Esses merecem um espaço diferenciado. Aqueles que se acham poderosos, esses são divertíssimos. Maioria nunca esteve no poder, recebendo uma nova nomeação então !! Lá vem os bossais e arrogantes. Gostam de esnobar porteiros, faxineiras, secretárias e assessores. Muitos vieram de baixo !! Não sei se quando crianças foram tão humilhados, que precisam e sentem necessidade de vingança. Eles entram, nem cumprimentam e já vão dando ordens, muitas são dadas, mas para a pessoa errada. Adoram dizer que estão pedindo e muitos adoram explicar que o pedido não é da tal incumbência. Tem aqueles que cumprimentam quando querem um favor, na rua nem olham para os lados.

Coitados !! Como diz o filósofo das esquinas da vida Mario Quintana: “Todos passarão e eu passarinho”.

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