quinta-feira, 29 de março de 2007

Ex-chefe que gostava de “unzinho”

Na área jornalística, ou até mesmo, fora dela, é a pior coisa que tem, o chamado rabo preso. “Não vou colocar isso, porque o cara é meu conhecido”, ou ainda “ele é anunciante, nem faz a matéria”. Em cidades, onde todo mundo conhece todo mundo, fica mais complicado ainda. O negócio é ter jogo de cintura. Um quilo de paciência e explicar que a matéria é importante, verificar as fontes, ver os dois lados, etc...


O mais hilário aconteceu quando trabalhava num veículo de comunicação e num plantão surgiu uma grande apreensão de maconha (materaço), a polícia pegou o traficante (materaço). O problema é que com o traficante tinha uns inúmeros cheques ( de supostos compradores) e um deles tinha um forte ligação com o veículo onde eu trabalhava. Pensei: “meu chefe mor, fuma maconha para o estresse. Não acredito”. Lógico que fiz a matéria. Iniciais de todo mundo !! O cara depois passava e me olhava engraçado. A vontade era grande de dizer: “Eu sei o que você fez no verão passado”. P.S. Não fui demitida. Cheques com traficantes nunca mais apareceram.

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