Nessas viagens alucinógenas por testosteronas e progesteronas o bom humor é sempre bem vindo. Como diria Mario Quintana contar a infelicidade com tanta felicidade.
Descobri isso meses atrás quando me vesti de amante. Tomei um banho, lavei tudo, geral. Incenso no quarto, meia luz, roupa de cama cheirosa, pois a noite prometia. Ele estava no trabalho, mandei uma mensagem dizendo que o aguardava molhada e esperando por ele de calcinha vermelha. Meia hora depois e nada. Coloquei a calcinha de uma forma que não me machucasse. Essas calcinhas foram feitas para não ficar muito tempo no corpo.
O celular toca. É agora, ele vai ligar e dizer que está com o p. durão e morrendo de tesão por mim, imaginando várias posições. “Oi Mociola. Ta deitada na caminha. Eu já estou indo para a gente jogar uma canastra, o que você acha? ”
Balde de água fria é pouco. Comecei a rir que não parava mais. Eu queria jogar canastra? Joguei a calcinha longe. Quando ele chegou teve a ousadia de perguntar o motivo que eu estava maquiada?
Eu não me desesperei. O meu amigo que beija na boca estava cansado, teve um dia cheio. Depois que ele relaxou, ganhei todas as partidas.
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