Li e passo adiante...
Blog do Cesár Valente
Quando a RBS comprou o jornal A Notícia, o Procurador da República Celso Três, disse que ia estudar o caso pra ver se cabia alguma medida. Ontem conversei com ele, para saber a quantas anda a história. A coisa continua sendo estudada e já evoluiu. Além do Celso Três, agora tem a participação do Procurador Regional para os Direitos do Cidadão, Marcelo da Motta.
E eles estão concentrando seus estudos em três linhas principais:
a) Monopólio da informação;
b) Concentração (o número de emissoras de rádio e TV que a RBS possui excederia os limites legais); e
c) Baixo volume de produção local.
A ação que será proposta, quando os procuradores tiverem concluído a preparação, será uma coisa grande, que levantará muita discussão e naturalmente poderá levar tempo. Eles pretendem que a Justiça imponha à RBS uma redução no número de concessões e a ampliação dos espaços para programação local.
O foco principal não é mais a compra de A Notícia, por uma razão de jurisdição: os jornais não são concessão pública, não há órgão federal envolvido na história. Mas ela entra na discussão do direito que o cidadão tem ao acesso à informação e na condenação ao monopólio. Três acredita que seria interessante que o Ministério Público Estadual também entrasse no caso.
A demora na apresentação da denúncia se justifica principalmente porque nunca, neste país, foi feita alguma coisa parecida. E muita gente acha inimaginável questionar um grupo de comunicação com 18 emissoras de televisão, seis jornais, canais de tv a cabo, portais de internet e inúmeros outros negócios e interesses, centralizados no RS e SC.
Encontrar as informações que vão embasar a ação, portanto, está sendo uma tarefa difícil.A boa notícia, para aqueles que prezam a pluralidade de fontes de informação e o cumprimento da lei, é que o assunto não foi esquecido nem engavetado.
sexta-feira, 30 de março de 2007
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